Meu inquilino tem crianças pequenas. Isso impede o despejo?
Saiba tudo sobre a ação de despejo.
Entender como funciona uma ação de despejo é indispensável
para todos os proprietários e inquilinos. O processo de despejo tem como
objetivo permitir que o proprietário retire um inquilino que não está cumprindo
com os pagamentos acordados no contrato de locação.
A ação de despejo é quando o proprietário de um
imóvel aciona a Justiça para retomar um imóvel alugado, ou seja, retirar o
inquilino dele. Os motivos podem ser diversos, mas precisam estar de acordo com
as previsões vigentes no sistema legal.
A
falta de pagamento do aluguel é a justificativa mais comum para a retomada do
imóvel, assim como o atraso de contas que sejam de responsabilidade do
locatário, determinadas no contrato de locação. Isso vai além do aluguel, pode envolver também
o condomínio, o IPTU, a luz, a água e o gás, por exemplo.
Se negar a sair do imóvel após o fim do prazo estabelecido de
locação também pode levar a uma ação de despejo. Assim como quando alguma
cláusula do contrato de aluguel é infringida.
Saiba mais sobre ação de despejo
com a Rotina Imobiliária! Conheça os seus direitos.
Como funciona o processo de despejo?
Se mesmo depois de muitas conversas não foi
possível resolver o problema entre proprietário e inquilino, o dono do imóvel
deve buscar um advogado especialista para formalizar a ação de despejo.
O locador deve apresentar um motivo relevante e
documentos que comprovem a situação, como comprovantes dos pagamentos em
atraso, provas do descumprimento de cláusulas, registro de conversas, entre
outros. Além disso, também é preciso ter em mãos o contrato de aluguel,
documentos pessoais e a escritura do imóvel.
O próximo
passo é com o advogado, que recorre à Justiça para exigir a saída do inquilino.
Então, todos aguardam a decisão. Se ela for favorável ao proprietário, o
inquilino é notificado e tem até 30 dias para desocupar o local, mas ele ainda
pode recorrer da decisão.
Direitos do inquilino no processo de despejo
É preciso estar ciente sobre os direitos do inquilino.
O inquilino pode reverter um despejo por falta de pagamento
se fizer dentro do prazo, um depósito em juízo do valor devido.
Esse é um direito que só pode ser usado a cada 24 meses e é
capaz de reverter a rescisão do contrato.
Além disso, o inquilino não pode ser perturbado em sua
posse. Em alguns casos alguns proprietários buscam fazer justiça por meios que
podem ser considerados até crime. Algumas situações são bem revoltantes, mas
tente esfriar a cabeça para lidar com a situação. Se não conseguir, procure
alguém para fazer esse trabalho.
O exercício arbitrário das próprias razões, manifestações, usurpação
ou ameaça podem configurar crimes. Dessa forma, além de não resolver o problema
do pagamento e retomada do imóvel pode-se arrumar um outro problema criminal. Por
isso, se não resolver amigavelmente a situação, o meio adequado é o despejo
judicial.
Meu inquilino tem crianças pequenas. Isso impede o
despejo?
Um dos
principais mitos que se refere a locação de imóveis é a impossibilidade de o proprietário
de um imóvel mover uma ação de despejo quando no imóvel se encontra residindo
crianças de colo ou pessoas com deficiência.
Não há
qualquer previsão na Lei do Inquilinato que impeça a concretização do despejo
por conta dessa situação. É importante ter em mente que a locação de imóveis é
uma relação privada, ou seja, é um negócio, que possibilita o acesso a moradia
por um valor menor, comparado a compra de um imóvel.
Não seria
justo impor que o locador tivesse algum tipo de restrição para despejar o
inquilino que não paga o aluguel pelo fato de haver criança no imóvel, até
mesmo porque, não é sua culpa a falta de pagamento do aluguel.
Então, a presença de crianças, adolescentes, idosos ou mesmo
pessoas doentes no imóvel locado, não impede o direito do proprietário de cobrar os aluguéis e,
em caso de não pagamento, é possível ingressar com uma ação de despejo contra o
inquilino.
Como evitar a ação de despejo
Para não sofrer uma ação de
despejo, você precisa, basicamente, cumprir três regras: pagar o aluguel em
dia, respeitar as condições previstas em contrato e deixar o imóvel após o
período de vigência do contrato ou a pedido do proprietário.
Mas se você tentou e por algum
motivo não conseguiu evitar a ação de despejo, saiba que ainda pode negociar o
valor mensal com o proprietário do imóvel. Se a ação ocorrer por inadimplência,
após a notificação do proprietário, você tem 15 dias para realizar o pagamento
dos valores atrasados.
Se o aluguel estiver em dia ou as alegações do locador forem falsas, o inquilino pode apresentar provas para se defender dentro do prazo de 15 dias, depois de receber a notificação. O ideal é que você conte com um advogado com experiência em direito imobiliário para auxiliar durante o processo.
Ao longo deste artigo conseguimos entender melhor como funciona
uma ação de despejo.
Além disso, também vimos que apesar da inadimplência o inquilino
tem alguns direitos que devem ser respeitados.
Dessa forma,
percebemos que a ação de despejo é uma medida extrema, que objetiva a proteção
e a segurança dos direitos do proprietário.
Além disso, a presença de um profissional é indispensável nos
processos de notificação extrajudicial e protesto ao devedor, redigindo e oficializando estes
documentos, garantindo sua efetividade perante a lei.
Conhecendo todos esses detalhes da ação
de despejo você poderá avaliar se é possível ou não ingressar com a ação.
Por fim, não se esqueça de contar com uma imobiliária de confiança para ajudar nesse
momento. Conte com a Rotina Imobiliária para te auxiliar em todo processo de
locação.
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